sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Pedofilia: doença e crime

Juliana Arangio

A questão da pedofilia vem sendo amplamente discutida pela mídia e pela sociedade atualmente. O problema cresceu muito com a Internet, que é o seu principal canal de divulgação e movimenta US$ 105 bilhões por ano, maior até mesmo que o narcotráfico.
O abuso sexual infantil abrange uma série de situações além do contato sexual entre uma criança e um adulto. A violência pode incluir outros comportamentos abusivos como o exibicionismo, assédio, exploração sexual, fotografar ou mostrar fotos pornográficas a crianças e adolescentes ou mesmo estimulá-los de modo impróprio, expondo-as à atividade sexual.
Uma criança não entende o que é o contato sexual, não pode e nem sabe se defender. O abusador então se aproveita para conseguir o seu consentimento. Algumas crianças podem até sentir prazer, mas se sentem culpadas, pois a questão sexual para elas ainda não é definida. “Uma criança não sabe o que é sexo, mas ela já tem uma zona erógena, ela pode ter prazer. Nós sabemos hoje que até um bebê pode ter prazer, é natural”, afirma a psiquiatra Flávia Puppi.
Um erro muito comum entre a maioria das pessoas é confundir a pedofilia com o abuso sexual infantil. A pedofilia não é um crime, é uma doença. O pedófilo pode ou não cometer o crime de abusar sexualmente de crianças. Em psiquiatria a pedofilia é considerada um transtorno e tem tratamento. De acordo com Puppi, o tratamento não é fácil porque está dentro dos transtornos de impulsividade, das perversões sexuais e também dos transtornos de personalidade. A maioria dos pedófilos tem consciência do que faz e muitos procuram tratamento porque percebem que estão sentindo algo errado, estão com atração por crianças. “Ele não quer, mas ele sente, já nasce com essa tendência”, diz a médica.
Ainda segundo a psiquiatra, a pedofilia é um instinto animal, como por exemplo, a ciência explicaria as atrações homossexuais, heterossexuais, bissexuais. Muitos pedófilos se valem dessa explicação para defender a prática da pedofilia como sendo algo natural, como uma simples opção sexual. “A pessoa pode nascer com esse instinto animal, agora a outra pessoa em questão é um ser menor de idade que não tem a liberdade de escolha como acontece nas relações entre adultos". A médica afirma ainda que a questão em si é a falta de moralidade. “Se a pessoa tem esse instinto e de alguma forma tem a consciência de que aquilo é errado e vai buscar um tratamento é uma coisa. Outra coisa é a pessoa que tem esse instinto, mas não tem essa moralidade, não segue a regra social de que o relacionamento sexual com uma criança ou adolescente é errado. A criança e o adolescente não estão preparados para isso ainda”, explica.
Os pedófilos sabem e têm consciência de que o que eles fazem não é certo, mas existe a questão impulsiva e também a questão da personalidade, da busca do prazer, mesmo sendo algo errado. “Esse instinto animal não é culpa dos pedófilos, mas a ação de abusar de uma criança é”, frisa Puppi.
Segundo a médica, sempre irá ficar uma sequela em casos de abuso sexual porque a criança é obrigada a vivenciar algo que ela ainda não está preparada. “A criança é invadida, ela ainda não tem formação física nem emocional para suportar o abuso. Tem pessoas que até conseguem lidar bem, mas em geral precisam de terapia durante um tempo. Outras, quando têm uma fragilidade da estrutura emocional, podem desenvolver um transtorno depressivo, de ansiedade, um transtorno bipolar, esquizofrenia ou transtornos impulsivos, podendo até se tornar pessoas que abusam também”, afirma.
No entanto a médica diz que é preciso ter uma predisposição do organismo. “É uma questão do próprio psíquico, da própria parte cerebral que é de cada um”. Ela conta que depende também da maturidade emocional da criança e do acolhimento familiar. “É preciso trabalhar muito com a família de não é culpa deles o abuso ter acontecido, explicar que pode acontecer mesmo você tendo uma proteção total. É preciso deixar bem claro pros pais, pra família e pra própria criança de que ela não é culpada do que aconteceu. "Ela pode até ter sentido prazer, mas ela não é culpada, foi errado o que fizeram com ela", afirma.

Como se proteger

A família, a escola, a sociedade e principalmente os pais devem estar sempre atentos ao comportamento da criança e do adolescente. Concretamente, não tem como prevenir 100% o abuso sexual infantil sem de alguma forma prender a criança, mas é muito importante passar uma segurança para ela. “Quando a criança sair com alguém perguntar como foi, o que eles fizeram. Sempre ter um acolhimento nesse sentido, mas sem mostrar medo, sempre mostrando acolhimento, segurança”, diz a médica.
De acordo com o pediatra Lauro Monteiro Filho, editor do site Observatório de Infância (http://www.observatoriodainfancia.com.br/) o pedófilo está onde tem criança. “Ele é um obsessivo-compulsivo, ele não se aguenta, ele tem que fazer alguma coisa como o usuário de droga". Ele afirma que o pedófilo deve ser monitorado e afastado de qualquer lugar onde tenha crianças. “Pelo que temos acompanhado no Brasil, após dois ou três anos de cadeia os pedófilos, graças à progressão da pena, são libertados. O pedófilo deve ser afastado da sociedade enquanto é tratado e só pode voltar ao convívio social com rígida monitoração de suas atividades. A primeira coisa que um pedófilo faz depois que sai da cadeia é procurar crianças. Se ele for um compulsivo-obsessivo, ele não vai resistir”, afirma o médico.
A psiquiatra afirma que não existe cura para um pedófilo. “Ele pode se controlar fazendo um tratamento, mas cura é difícil porque é um instinto muito grande, uma impulsividade muito forte, mas há possibilidade de controle”, explica.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Café com RP

Os alunos do terceiro ano de Relações Públicas da FAAT – Faculdades de Atibaia promoveram um encontro com empresários locais e imprensa para difundir e destacar a importância da atividade do profissional de relações públicas no mercado de trabalho.

O evento, que aconteceu no Restaurante e Centro de Tradições e Cultura Pachola, dia 27, teve a participação da palestrante de Campinas, Silvana Nader, que falou sobre os Desafios da Comunicação Global.

Segundo a presidente do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas do Estado de São Paulo, 2ª região, e professora de RP da FAAT, Elaine Lina de Oliveira, o evento serviu para trazer experiência aos alunos, que pela primeira vez realizaram esse tipo de atividade com público externo. “A ideia é a partir de agora realizar pelo menos um evento por ano, para que possam aprender todas as etapas desde a organização, captação de patrocinadores até a finalização e contabilização de resultados”, explica Elaine.


Mara Grabert

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Banda Brothers - Cover Bee Gees no Pappagallo


(Da esq. para dir.) Manuel e Jô, da perfumeria AKAKIA; Beto, gerente do Pappagallo há 10 anos; Márcia e Marcelo Santos; Bete e Rossi; integrantes da banda; público na pista; Caio Roma, neto do casal Maria Lucia e Eduardo Bourgos.